quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Chique é ser simples


Você já reparou como é chato aquele tipo de gente que conhece um determinado assunto e, basta uma mínima chance, lá está ele, tecendo uma verdadeira tese acadêmica, sem que ninguém tenha perguntado? É duro.

E depois de um tempo, a pessoa acaba ficando com fama de espalha - roda, que chega as rodinhas e cada um vai para um lado. Nesse mesmo time, temos os viajantes exibidos, é só pintar uma brechinha e lá está a pessoa falando sobre trânsito das cidades italianas, a cor do mar da Grécia, os belos parques londrinos ou o fascinante estilo nova-iorquino de viver e de se vestir.

Se ele pensa que isso contará pontos em sua carreira ou fará com que as pessoas enxerguem como uma enciclopédia ambulante, está enganado. Cultura e erudição são, sem dúvida, instrumentos que podem fazer você crescer o do grupo do qual faz parte. Mas só se todo esse conhecimento mostrar seus resultados práticos em seu comportamento. Acho louvável que o conhecimento e a cultura sejam compartilhados - quando solicitados. Não de forma gratuita e chata, como vemos.

É muito indelicado substimar a capacidade e a sensibilidade de quem convive conosco. Sinto no ar quando a intenção é a de ajudar e quando a pessoa quer mesmo é se exibir. Da mesma forma, os quilômetros rodados ao redor do mundo e o número de passaportes quem alguém tem ampliam a maneira de ver a vida. O problema é quando se faz das viagens um instrumento de busca de status. Seja sensível: nem todos têm as mesmas possibilidades.

Empresas estão, sim , á procura de profissionais com perfil internacional, de pessoas cultas e com conteúdo. Mas, para qualquer cargo, é sempre mais adequado alguém que prime pela discrição, por uma postura sensível e um estilo simples e descomplicado de ser e de interagir. Assim, siga investindoem cultura, viaje mesmo todas as vezes que as chances baterem á sua porta. E fique na sua, porque estrelas são bonitas, mas ficam melhor quando estão no céu.

Autora: Célia Leão