quinta-feira, 3 de abril de 2008

Acidentes Ecólogicos :Triste divertimento



'Quando a última árvore cair, derrubada; quando o último rio for envenenado; quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come'. (Índios Amazônicos)
Os inúmeros desastres ecológicos que vem conduzindo o mundo a um estado melancólico, não passam de discursos que se acomodam tranqüilamente no cotidiano da mídia. A preocupação com o meio ambiente, com o equilíbrio ecológico é objeto de vários discursos da cultura dominante, mostrando as agressões e os perigos que nos ameaçam como uma naturalidade da era industrial. Ou um acidente apenas desagradável. Essa racionalidade que rege o progresso do mundo moderno desprezou a afetividade como uma referência para a convivência das pessoas e estabeleceu uma dicotomia entre o homem e a natureza. O homem moderno é o principal predador do seu próprio meio ambiente, o dominador da natureza.
O meio ambiente nos meios de comunicação vive sua 'oralidade', mas longe da reflexão, as questões passam para o plano do discurso, mantendo a natureza como produto de consumo. A fala sobre a preservação da natureza é filtrada por interesses políticos e econômicos. Existe um cuidado da mídia em mostrar e investigar a realidade espetacularizando-a e disfarçando as causas principais. Fazendo do espectador um voyeur romântico de um divertimento triste. Nossa paixão é canalizada para saber mais sobre o fato, a denúncia, o esclarecimento minucioso e histérico da verdade, e não para reagir ao fato. O humor da sociedade capitalista se apropria de tudo, inclusive dos protestos e dos discursos sobre as agressões ao meio ambiente, para seu próprio gozo ligado ao lucro e para disfarçar responsabilidades.
São irreversíveis os danos ecológicos e acabam por apressar o tempo do próprio homem. A estupidez da economia moderna em pensar o homem como exclusivamente força de trabalho, sem sentimento e sem emoção substituiu o desejo pelo desejo de consumo e conseqüentemente a psicologia dos sujeitos. Nunca se falou tanto sobre meio ambiente e passivamente estamos assistindo os desastres ecológicos como um acontecimento ou um destino histórico, isto é, como se o modo de produção, o modelo de desenvolvimento econômico e os interesses de classe nada tivessem a ver com os fatos em questão. Essa idéia de desenvolvimento econômico é insustentável. No desespero da ampliação produção / consumo, uma guerra é inevitável contra a natureza, a ética e quaisquer princípios de valores. No vale tudo por dinheiro não há limites.

Escrito por: Almandrade (artista plástico, arquiteto e poeta)
Um acidente
Na paisagem Ninguém e nada
Uma árvore
Madeira e homem
Solidão do mundo
Natureza ácida.

O global e o desenvolvimento sustentável



Se fizermos uma pesquisa na rua, muitos não saberão o que é desenvolvimento sustentável, podem até adivinhar dando um palpite, mas o conceito de verdade poucos conhecem.
A palavra globalização todos já sabem o que significa, porque é de interesse da economia capitalista, e até mesmo das empresas multinacionais quem vem para os países de Terceiro Mundo, numa tentativa de conseguir mais mercado, exploração de mão-de-obra barata e matéria-prima.
Desde que mundo é mundo, o termo “globalização” surgiu no período colonial, na procura por terras e ouro. Mais tarde o termo manteve com o imperialismo, e para a cultura neoliberal o controle da economia era feita pelos burgueses e o Estado não intrometia.
A globalização infelizmente é para poucos de maior pode aquisitivo, sendo de domínio em regiões onde há uma maior circulação de capital e consequentemente a classe subordinada fica mercê da economia. Para tentar amenizar essa situação surge o termo desenvolvimento sustentável.
Inicialmente era apenas uma forma de desenvolvimento no país: numa cultura de igual para igual, tanto na parte econômica, como industrial, espacial, social, cultural. O desenvolvimento se alojou somente na economia, industrialização e tecnologias, apesar de não ser um crescimento como os paises de Primeiro Mundo.
O desenvolvimento implantado não ia resolver o problema, então foi designado o termo desenvolvimento sustentável que é uma forma de criar um impacto no país em relação a problemas de caráter ambiental, social, cultural, econômico a serem resolvidos num período de tempo maior.
Esse movimento faz que ocorra uma maior preocupação principalmente com o meio ambiente, numa tentativa rigorosa de protegê-lo para as gerações futuras e criar uma conscientização de utilização. Surge uma outra grande preocupação quanto a educação que é principal ferramenta de crescimento em um país, o conhecimento gera uma diminuição da violência, cria valores e caráter nas pessoas. A fome pode ser considerada com um dos maiores problemas no mundo. Um planeta entre ricos e pobres a fome mata mais de cem mil pessoas por dia.
“A miséria e a degradação humana e ambiental que ficaram a
Margem dos programas conduzidos conforme as práticas con-
Vencionais que enfatizam o crescimento econômico e a mo-
Dernização dos sistemas produtivos, requeriam profunda re-
Visão sobre o significado da expressão desenvolvimento.”
(Coelho, p25, 2006).
Ocorreram muitos fóruns de debate sobre desenvolvimento sustentável ou programas de ajuda em vários países, justamente, para melhorar os problemas da miséria, ambiental, econômico, político, dentre outros. Esses programas de melhoria devem ser mais relatados na sociedade para que se crie uma consciência, para que se possa exigir das autoridades. As Organizações não-governamentais(ongs),a Organização das Nações Unidas(Onu), o Programa das Nações Unidas(Pnud) tem procurado em muitas das vezes reverter o quadro e buscar incentivos de todos os cantos do mundo.
A Conferencia das Nações em Estocolmo 1972, foi a primeira a mobilizar um desenvolvimento sustentável em relação ao ambiente, a partir de então disparou os fóruns de debate como a Conferencia no Rio de Janeiro em 1992.
Desenvolvimento sustentável é criar nas pessoas uma maneira de utilizar dos recursos sem comprometer as outras nações futuras ou ate mesmo como uma maneira de ajudar o próximo.
“Esse modo de pensar o desenvolvimento implica um duplo
Pacto gerencial.Um pacto entre a geração atual e as futuras,
Quando manifesta preocupação como gerenciamento da preser-
Vação do meio ambiente.É um pacto entre os membros de
Uma geração que se manifesta pelo atendimneto das necessidades básicas do presente para todos.” (Coelho,p.27,2006).


O capitalismo e o consumo desenfreado fez com que nó seres humanos perdêssemos a noção de vida e o que importa hoje é apenas “atender as necessidades”, o individualismo e apatia do individuo. A natureza em geral, principalmente os animais vieram ao mundo com direito ao mesmo espaço que o nosso e o homem por ser achar racional acha-se dono do mundo. Além dos animais o homem tem direito a saúde, moradia, saneamento básico, alimentação e educação, é o mínimo para se tornar cidadão e sair das condições subumanas de fome e desespero no mundo todo.

Nada é para sempre e se não for cuidado logo se perde, devemos todos lutar por aquilo que está acabando aos poucos, e nada para as novas gerações vai sobrar - que é o meio ambiente.